Notícias

Valei-nos São Jorge!

Origem

São Jorge (conhecido como Jorge da Capadócia ou de Lida) foi um soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão e conhecido pela lenda em que mata o dragão. No cânon do Papa Gelásio, São Jorge é mencionando entre aqueles que “foram justamente reverenciados pelos homens e cujos atos são conhecidos somente por Deus”.

Considerado como um dos santos militares, sua memória é celebrada no dia 23 de abril e 3 de novembro. O santo possuí uma igreja em sua homenagem (em Lida, Israel) onde se encontram suas relíquias. A igreja foi erguida a mando do imperador romano Constantino. Sua fama espalhou no Oriente sendo conhecido como “grande mártir”. Ele também é reconhecido como modelo de virgindade masculina, ao lado de São João Evangelista e o próprio Jesus Cristo.

De acordo com lendas no século IV, S. Jorge teria nascido na antiga capadócia (Turquia). Ainda criança, mudou-se à Palestina com sua mãe após seu pai, Gerôncio, morrer em batalha. Sua mãe, Policrômia, era originária de Lida, na Palestina (Israel) e era possuidora de muitos bens. O santo foi educado fortemente na Fé Cristã. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para o exército romano. Logo foi promovido a capitão devido a sua dedicação e habilidade, no qual levaram o imperador a lhe conferir o título de conde. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Nicomédia. Devido a seu carisma, Jorge não tardou em ascender na carreira e, antes de atingir os 30 anos foi encarregado como guarda pessoal do imperador Diocleciano. De acordo com a tradição, quando sua mãe faleceu, ele tomou sua endinheirada herança e doou tudo aos necessitados, causando espanto na corte imperial (eles não sabiam da sua fé cristã).

Em 303, o imperador Diocleciano publicou um decreto que mandava prender todo soldado romano cristão e que todos os outros deveriam oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Jorge foi ao encontro do imperador para questionar e perante todos declarou-se cristão. Não querendo perder um dos seus melhores soldados, o imperador tentou convencê-lo oferecendo-lhe terras, ouro e escravos. Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador começou a torturar de vários modos. Após cada tortura, ele era levado perante o imperador, que lhe perguntava se negaria a Jesus para adorar aos deuses romanos, mas Jorge reafirmava sua fé tendo seu martírio, aos poucos ganhado notoriedade e muitos romanos, tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, se converteram ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia, na Ásia Menor.

Os restos mortais de São Jorge foram levados para Lida, cidade onde cresceu ao lado de sua mãe. Mais tarde o imperador cristão Constantino mandou erguer um oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente, onde acabou se tornando sua igreja.

 

São Jorge e o Dragão!

De acordo com a tradição, Jorge estava acampado com sua armada romana próximo a Salone, na Líbia. Lá havia um gigantesco crocodilo alado que estava devorando os habitantes da cidade. Ninguém podia entrar ou sair da cidade, pois o animal cercava a cidade. Seu hálito era tão venenoso que pessoas próximas podiam morrer envenenadas. Com o objetivo de manter a besta longe da cidade, todo dia, ovelhas e crianças eram oferecidas à fera para serem sacrificadas.

O ato caiu sobre a filha do rei da cidade, Sabra, uma menina de catorze anos. Vestida como se fosse para o seu próprio casamento, a menina deixou a muralha da cidade e ficou à espera da criatura. S. Jorge ao ficar sabendo do ocorrido, decidiu pôr fim a besta, montou em seu cavalo branco e foi até o reino resgatá-la, mas antes fez o rei prometer que se a trouxesse de volta, ele e todos os seus súditos se converteriam ao cristianismo. Após tal juramento, Jorge partiu atrás da princesa e do “dragão”. Ao encontrar a fera, Jorge a atinge com sua lança, acerta a cabeça do dragão com sua poderosa espada. O dragão derrama então o veneno sobre ele, dividindo sua armadura em dois. Em seguida, crava sua espada sob a asa do dragão, onde não havia escamas, de modo que a besta cai muito ferida aos seus pés. Ele amarra uma corda no pescoço da fera e a arrasta para a cidade, trazendo a princesa consigo. A princesa, conduzindo o dragão como um cordeiro, volta para a segurança das muralhas da cidade. Lá, Jorge corta a cabeça da fera na frente de todos e as pessoas de toda cidade se tornam cristãs.
O dragão (o demónio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu representaria a província da qual ele extirpou as heresias.

São Jorge e o Brasil!

A influência de São Jorge na cultura portuguesa esteve presenta na fundação do Brasil pelos portugueses. Ele é o padroeiro extraoficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião) e da cidade de São Jorge dos Ilhéus, além de ser padroeiro dos escoteiros e da Cavalaria do Exército Brasileiro.

Em maio de 2019, foi oficializado como padroeiro do Estado do Rio de Janeiro, ao lado de São Sebastião. No futebol, o vínculo de São Jorge com o Corinthians vem de décadas. O Corinthian Football Club, time inglês que inspirou o time brasileiro, também possuí São Jorge como padroeiro. O santo também é o padroeiro da Inglaterra, Geórgia, Lituânia, entre outros lugares pelo mundo.

São Jorge também é venerado em diversas religiões afro-brasileiras, onde é sincretizado na forma de Ogum. A Igreja Católica Apostólica Romana não aprova essa referência, pois Ogum é uma entidade diferente do nosso santo cristão.

Agora me conta, conhecia a história de São Jorge? Comente!

 

Deixe uma resposta